Escorado no grande sucesso de bilheteria nos EUA, onde o filme arrecadou mais de 320 milhões de dólares até 18 de abril, o lançamento brasileiro será de grande porte. Estão previstas 400 cópias, com direito a exibição 3D em 126 salas. Das cópias 35mm, 80 por cento serão dubladas e apenas 20 por cento legendadas.
Com a liberdade de imaginação desta versão de Burton, com roteiro de Linda Woolverton (roteirista das animações "A Bela e a Fera" e "O Rei Leão"), a história de Alice torna-se um pequeno conto feminista, aproveitando o contexto vitoriano original da história de Carroll e o cenário de um mundo fantástico matriarcal, dividido pela guerra entre duas irmãs e rainhas (Helena Bonham-Carter e Anne Hathaway).
Alice é órfã de pai e está sendo praticamente empurrada para um noivado e casamento precoces. Na festa que foi tramada para que ela diga sim, Alice avista um misterioso coelho no jardim, olhando seu relógio. Seguindo o animal, Alice cai no buraco que a leva ao Mundo Subterrâneo, cenário de aventuras das quais ela não retornará a mesma.
A mágica dos efeitos visuais - e do 3D, em algumas cópias - valoriza as experiências de Alice de aumentar e encolher seu tamanho, mediante a ingestão de um líquido ou de um pedaço de bolo, bem como seu encontro com criaturas míticas - caso do gato risonho (voz de Stephen Fry nas cópias legendadas), da lagarta Absolem (Alan Rickman, "Harry Potter e o Príncipe Mestiço") e do Chapeleiro Maluco (Johnny Depp, "Piratas do Caribe").
Personagem secundário na história original, o Chapeleiro Maluco aqui é um coadjuvante com direito a muito espaço e peripécias. Em vários momentos, ele será o protetor de Alice, em outros, seu instigador e mais seria, quem sabe, se Burton tivesse total liberdade e este não fosse, afinal, um filme para crianças.
Esta obrigatoriedade do "filme-família", padrão por excelência da Disney, no fim das contas, funciona como uma trava à criatividade nem sempre bem comportada (aqui, sim) do diretor de "Marte Ataca!" (1996), "Peixe Grande" (2003) e "Sweeney Todd" (2007). Alice cresceu, sim, mas não pode voar tão alto. E seu destino de empresária rumo à China parece também um pouco demais...
(Por Neusa Barbosa, do Cineweb)
* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb
A mágica dos efeitos visuais - e do 3D, em algumas cópias - valoriza as experiências de Alice de aumentar e encolher seu tamanho, mediante a ingestão de um líquido ou de um pedaço de bolo, bem como seu encontro com criaturas míticas - caso do gato risonho (voz de Stephen Fry nas cópias legendadas), da lagarta Absolem (Alan Rickman, "Harry Potter e o Príncipe Mestiço") e do Chapeleiro Maluco (Johnny Depp, "Piratas do Caribe").
Personagem secundário na história original, o Chapeleiro Maluco aqui é um coadjuvante com direito a muito espaço e peripécias. Em vários momentos, ele será o protetor de Alice, em outros, seu instigador e mais seria, quem sabe, se Burton tivesse total liberdade e este não fosse, afinal, um filme para crianças.
Esta obrigatoriedade do "filme-família", padrão por excelência da Disney, no fim das contas, funciona como uma trava à criatividade nem sempre bem comportada (aqui, sim) do diretor de "Marte Ataca!" (1996), "Peixe Grande" (2003) e "Sweeney Todd" (2007). Alice cresceu, sim, mas não pode voar tão alto. E seu destino de empresária rumo à China parece também um pouco demais...
(Por Neusa Barbosa, do Cineweb)
* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb
Muito boa a reportagem, mas por que dublado?!
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